A gente não sabe ao certo o porquê, mas coincidência ou não, depois que dois estudantes austríacos redescobriram as "toy cameras" fabricadas pela LOMO, a fotografia analógica ganho o posto de "hype". E, talvez por conta do movimento "Lomography", não só os adeptos das "toy cameras" mas todos os fotógrafos que ainda usam câmeras analógicas ganharam fôlego para manter viva a fotografia analógica. O mercado, que as vezes dita mas muitas vezes segue a onda, logo se prontificou a fornecer subsídio para essa nova legião de fotógrafos, ávidos por novos e velhos (repaginados) lançamentos, câmeras ótimas, câmeras péssimas, filmes raros, filmes chineses, muitos, mas muitos filmes vencidos e uma luz no fim do túnel para quem ainda espera ver revelados os seus refrigerados Kodachrome.
Os puristas ainda torcem o nariz, mas não ficam de fora desta oxigenada na história da fotografia analógica. O movimento Lomography redescobriu a LOMO, se apropriou do nome e na era da globalização não parou apenas nas antigas câmeras russas e tratou de arrebanhar uma gama enorme de câmeras de plástico chinesas. Para quem ainda não pegou, a LOMO é uma indústria russa do começo do século passado que produzia câmeras e instrumentos óticos e que por volta da década de 20 se tornou estatal, produzindo instrumentos para o governo russo durante a primeira e segunda guerra. Foi beneficiada, ao final da segunda guerra mundial com a chegada da tecnologia alemã, vinda como recompensa de guerra. Ficou famosa à partir de então por produzir muitas câmeras para a população civil russa, se apropriando de projetos alemães mas com menor qualidade e acabamento, a maioria com objetivas em plástico e corpos montados em bakelite.
A Lubitel (amador, em russo) é um dos melhores exemplos deste tipo de projeto. Cópia fiel da Voigtlander Brilliant, a primeira Lubitel foi um sucesso entre os fotógrafos, mesmo profissionais, já que, mesmo construída em bakelite, usava uma ótima objetiva de 3 elementos construída em vidro ótico. À partir deste modelo foram criados mais 4 modelos, a Lubitel 2, a Lubitel 166, a Lubitel 166B, e a Lubitel 166 Universal. Recentemente a Lomography lançou uma reconstrução da Lubitel, a 166U+, um modelo feito à partir dos desenhos técnicos do projeto original, mas com novas atualizações.
Esta Lubitel apresentada aqui é a 166B, de fabricação original russa, datada (provavelmente) dos anos 80, construída para o mercado interno russo, mas equipada com uma objetiva mais moderna, já feita para exportação. É equipada com shutter em formato de folhas, com velocidades que vão de 1/15 a 1/250 além de Bulb, e sincronia ao flash em todas elas. Sua objetiva segue o padrão Triplet (três elementos) em vidro ótico e coating otimizado para uso de película em cores. Têm sua abertura máxima em f=1:4.5 e distancia focal em 75mm. Utiliza filmes 120 e produz imagens 6x6 (médio formato) e nesta combinação é excelente para retratos e fotografia de rua.
Sua operação é simples, porém totalmente manual e bastante trabalhosa, o que resulta em um processo fotográfico mais meticuloso e demorado. É ideal para fotógrafos que pretendem desenvolver seu senso fotográfico, indo no sentido contrário ao rápido e mecânico processo da fotografia digital.
Esta Lubitel está completa, e acompanha alça original em couro, bolsa original em couro e disparador, muito útil em todas as situações, já que o disparo do shutter é feito através da alavanca situada ao redor da objetiva, o que, em muitos casos, pode resultar em uma leve tremida.
Saiba tudo sobre a Lubitel no hotsite da Lomography :
guia completo sobre:
e veja do que ela é capaz em :
Vocês ainda tem esta câmera? Eu estou interessado...
ResponderExcluirFala Marcos, estou negociando a Lubitel agora, se tiver interesse, entra em contato pelo cameradefilme@yahoo.com e a gente vê como fazer.
Excluirabração
Pedro
Fala meu caro.
ResponderExcluirJá vendeu?
Tem outra dessa?
Esta com a camera?
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